A alma já andava descalço
Sem a simpatia de nenhuma outra,
Mesmo não desenganada,
Adormecida, sem expectativas
Distraída.
Quando menos esperava
Quanto mais distraída
Foi quando tudo floresceu.
As raízes cresceram nos primeiros minutos
As bases se consolidaram no primeiro olhar,
E com o passar dos dias
Tudo mudou
E a sorte saiu do jogo para o amor
Até que em uma parada da vida
Tudo se agitou
Ela acordou!
Voltou para o corpo!
E sentiu; medo, alegria, prazer,
E uma saudade colossal de um futuro,
E de momentos que ela não havia vivido.
Como era saudade então?
Entre entender e viver, ela preferiu viver!
Ao voltar para aquele corpo ela notou que
Ainda sentia, ouvia, falava e enxergava
Bastava querer e tentar.
Pois ela já sentia aquela mão
Já ouvia aquela voz
Já falava, ou cantava novamente
Já olhava aquela alma,
Ela já simpatizava!
Sentia-se equilibrada
Pronta para amar!
Feliz.
(O olhar da Alma - Rafaela Torres)
14/11/2010 12/12/2010 12/02/2011
